A isenção de Imposto de Renda para quem investe em LCI (Letra de Crédito Imobiliário) e LCA (Letra de Crédito do Agronegócio) está com os dias contados. O governo federal anunciou a implementação de uma alíquota de 5% de IR sobre esses investimentos, o que tem gerado preocupação entre investidores conservadores e instituições financeiras.
Neste artigo, você vai entender:
- O que mudou na tributação de LCI e LCA
- Quais os impactos no rendimento líquido
- Como isso afeta o perfil de investidor conservador
- Alternativas de investimento diante do novo cenário
📌 O que são LCI e LCA?
A LCI é um título emitido por bancos para captar recursos destinados ao setor imobiliário. Já a LCA tem como finalidade o financiamento do agronegócio. Ambos sempre foram considerados investimentos de baixo risco, com rentabilidade atrelada ao CDI e com o grande atrativo da isenção de Imposto de Renda para pessoas físicas.
❗ Fim da Isenção de LCI e LCA: O que mudou com a nova medida?
O governo federal propôs o fim da isenção de IR sobre os rendimentos de LCI e LCA. Com a nova regra, será aplicada uma alíquota fixa de 5% sobre os ganhos desses títulos. A mudança busca aumentar a arrecadação fiscal e nivelar a tributação entre diferentes classes de investimentos. quem já comprou os títulos antes da lei ser aprovada não pagará IR, que valerá somente para novas emissões. Como se trata de uma mudança no IR, a taxação só poderá valer a partir de 2026, devido ao princípio da anualidade.
⚠️ A proposta ainda precisa ser aprovada no Congresso Nacional, mas já está gerando impacto nos preços e expectativas do mercado.
💸 Qual o impacto no rendimento líquido?
Antes da mudança, todo o lucro obtido com LCI e LCA era líquido para o investidor, pois não havia tributação. Agora, com a cobrança de 5% de IR, o rendimento efetivo cairá.
✅ Os 5% incidem somente sobre o rendimento, e não sobre o valor total aplicado.
Ou seja:
- Não é 5% do valor investido;
- Não é 5% de todo o montante final;
- É 5% do lucro obtido com a aplicação.
📌 Exemplo prático:
Suponha que você invista R$ 10.000,00 em uma LCI que rende 10% ao ano. Ao final do período, você terá:
Exemplo prático:
Rendimento bruto: R$ 1.000,00
IR de 5% sobre o rendimento: R$ 50,00
Rendimento líquido: R$ 950,00
Valor total ao resgate: R$ 10.950,00
Apesar de parecer pouco, essa diferença reduz a atratividade comparativa com outros ativos, como Tesouro Direto, CDBs e fundos.
🏦 Por que o governo está fazendo isso?
O principal objetivo é aumentar a arrecadação federal em meio à pressão por equilíbrio fiscal. A isenção para LCI e LCA é vista como um privilégio tributário que, segundo estimativas, poderia representar mais de R$ 10 bilhões/ano em renúncia fiscal.
Além disso, a medida pretende uniformizar a carga tributária de produtos semelhantes, como CDBs, que já são tributados.
👥 Quem será mais afetado?
- Investidores conservadores que buscam segurança e isenção de IR
- Pessoas físicas que concentravam seus investimentos em LCI e LCA por causa da vantagem fiscal
- Instituições financeiras, que terão mais dificuldade em vender esses papéis sem o atrativo da isenção
🔄 Quais alternativas existem agora?
Com o fim da isenção, os investidores devem reavaliar seus portfólios. Algumas alternativas interessantes são:
- CDBs de bancos médios com taxas acima de 110% do CDI
- Tesouro Selic, que embora tenha IR regressivo, oferece liquidez e segurança
- Debêntures incentivadas, que ainda são isentas de IR e podem pagar mais
- Fundos DI com baixa taxa de administração, dependendo do volume investido
📌 Quando a nova regra entra em vigor?
Ainda não há data definitiva. A proposta ainda precisa ser aprovada pelo Congresso Nacional e publicada no Diário Oficial para começar a valer. Há possibilidade de valer apenas para novos investimentos, respeitando o direito adquirido de quem já possui esses títulos.
❓ FAQ – Perguntas Frequentes
1. LCI e LCA vão acabar?
Não. Eles continuarão existindo, mas com menor atratividade após a tributação de 5%.
2. Já tenho LCI/LCA. Vou pagar imposto?
Provavelmente não. O governo deve preservar o direito adquirido para quem investiu antes da nova regra.
3. Vale a pena manter LCI e LCA com imposto?
Depende da taxa oferecida. É preciso comparar com CDBs e Tesouro Selic, que podem ter melhor custo-benefício.
4. A tributação é progressiva como nos CDBs?
Não. A proposta prevê uma alíquota fixa de 5% sobre qualquer prazo.
5. A mudança vale só para pessoa física?
Sim. Pessoa jurídica já era tributada em LCI e LCA. A mudança afeta pessoas físicas que antes tinham isenção.
🧭 Conclusão
O fim da isenção de IR para LCI e LCA representa uma mudança significativa no mercado de renda fixa brasileiro. O investidor que antes buscava segurança e isenção, agora terá que buscar alternativas com maior rentabilidade líquida. O mais importante é diversificar e comparar bem as opções antes de investir.
Fique atento às mudanças, reavalie sua estratégia e adapte-se ao novo cenário econômico com inteligência financeira.

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